segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

COMO ANDA A QUALIDADE DE VIDA DO PEQUENO EMPRESÁRIO?

Todos conhecem a importância social e econômica das micro e pequenas empresas (MPE) em nosso país. De acordo com o SEBRAE, 99% das firmas são micro e pequenas empresas e apenas 0.3% são de grande porte (empregando mais de 500 pessoas na indústria ou mais de 100 pessoas nos setores do comércio e serviços). As MPE empregam 14,5 milhões de pessoas, ou seja, 56% do total de empregados no Brasil. O setor que mais emprega é o comércio, com um total de 6 milhões de empregados.

Mas, como andam estas empresas? Em recente artigo publicado na revista Veja, o administrador Stephen Kanitz lembra que a grande maioria das MPE não obtém lucro há mais de 3 anos e de 90% delas não possuem capital, muito menos capital de giro. Kranitz cita um estudo realizado pelo SEBRAE que estima em 31% o número de MPE que quebrarão até 2005 e que 59% fecharão as portas em 2009, sufocadas pela competição externa, juros elevados, impostos excessivos e pela burocracia estatal.

Outro aspecto importante está relacionado com a questão da saúde ocupacional.Envolvido com a sobrevivência da empresa, cumprir a rigorosa legislação trabalhista e as Normas Regulamentadoras (NR) em Segurança e Medicina do Trabalho constitui-se em especial desafio. Este fato torna o pequeno empresário particularmente vulnerável a onerosas demandas na Justiça do Trabalho e problemas relacionados ao absentismo e perda da produtividade dos empregados. Como exemplo, uma dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de Saúde Pública da USP, por Letícia Trindade, observou que em pequenas gráficas, materiais altamente inflamáveis, como gasolina ou querosene é utilizado para limpeza das máquinas ou do chão em 63% das empresas.

Neste cenário, como anda a vida deste empresário que, por iniciativa própria ou não, deixou a vida em torno da carteira assinada, arriscando-se em um negócio por conta própria?

Um estudo realizado com profissionais da área de serviços, na cidade de São Paulo, coordenado pela Professora Marilda Lipp, presidente da Associação Brasileira de Stress, mostrou que 40% das pessoas apresentavam sintomas de stress.

Os empreendedores brasileiros, de acordo com o SEBRAE são, em sua maioria, homens e mulheres com idade média de 39 anos, segundo grau completo, ex empregados de empresas privadas. O Global Enterpreurship Monitor (GEM) de 2001 mostrou que as pessoas no Brasil começam a empreender a partir dos 20 anos, pois entram na faculdade muito cedo e não conseguindo oportunidades reais de emprego, muitas vezes acabam abrindo seu próprio negócio.

Recente pesquisa feita pela organização Small Business Initiative, nos Estados Unidos, envolvendo pequenas empresas observou que 64% dos entrevistados tinham empregados doentes em sua força de trabalho. Além disso, relataram que 87% tinham pelo menos um fumante, 73% pelo menos um trabalhador com depressão ou ansiedade e 57% pelo menos um empregado com doença crônica. Os donos de pequenas empresas reconhecem que a má qualidade de vida do empregado afeta a sua produtividade. A pesquisa revelou que 90% dos pequenos empresários acreditam que uma situação de stress do empregado afeta a sua capacidade de trabalhar e 74% relataram ter um trabalho extra porque o empregado ficou doente. Mais de 70% dos entrevistados relataram que os empregados trazem problemas pessoais para o trabalho e mais de 50% relataram que a incapacidade do empregado em resolver seus problemas pessoais pode comprometer a produtividade ou aumentar o risco de acidentes no ambiente de trabalho.

Neste cenário, considerando-se a importância das MPE e as dificuldades vividas pelos empreendedores, inclusive no campo pessoal e familiar, surpreende a pequena importância que o tema tem merecido pelas organizações e universidades. Ao analisarmos as ofertas de cursos, workshops, treinamentos ou a relação de estudos e pesquisas relacionadas a MPE, quase não observa nenhuma referência à questão da saúde e da qualidade de vida do pequeno empresário e seus trabalhadores.

Deste modo, acreditamos ser importante a adoção de estratégias e ações que visem apoiar não somente o negócio do pequeno empreendedor, mas também propiciar instrumentos para que tenha uma melhor qualidade de vida. Seguem algumas idéias e sugestões:

programas e treinamentos especialmente preparados para a abordagem das questões relacionadas ao estilo de vida (tabagismo, sedentarismo, alimentação, stress)
apoio para a abordagem de questões relacionadas a gestão de pessoas (motivação, treinamento, solução de conflitos, clima organizacional, relacionamento interpessoal)
apoio e suporte para questões ligadas a área trabalhista
suporte em situações de stress pós-traumático, particularmente situações de violência (assaltos, seqüestros, etc)
elaboração de programas especialmente modelados para cada tipo de negócio, respeitando a cultura da empresa, avaliar os seus fatores de risco, evitando soluções-padrão ou "de prateleira"
parceria com recursos da comunidade (SESC, SESI, Secretarias da Saúde, programas como Agita São Paulo)

O conhecido administrador Eduardo Bom Ângelo, em seu livro Empreendedor Corporativo afirma que "o importante é a compreensão das pessoas e empresas de que Lennon" vive ", mas um sonho realmente acabou, o de que é possível ser pago sempre pelo mesmo tipo de serviço. Hoje, profissões desapareceram e empresas aparentemente consolidadas fecham as portas. No entanto, há uma luz no fim do túnel para quem souber olhar para o lado certo. Se existe perigo e insegurança, é certo que também se abrem novas oportunidades para quem opta pelo movimento".

Deste modo, concluímos que assume grande importância social e econômica a manutenção da qualidade de vida do micro e pequeno empreendedor, pois as MPE são as principais geradoras de emprego, distribuição de renda e desenvolvimento em nosso país.

FONTE:ABQV

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Entrevista Silvia Ligabue no Programa Folego (Band )


Entrevista Silvia Ligabue no Programa Folego (Band )Dia 16/01/2011.
O que é qualidade de vida?
Ouçam

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Atenção com a depressão pós-férias

Quando alguém tira férias, deveria voltar ao trabalho feliz da vida e cheio de entusiasmo, certo? Todo gestor de pessoas sabe que, na prática, não é bem isso o que acontece. Ao contrário, muita gente demora para pegar o ritmo outra vez. E há os que vão além da dispersão e da falta de concentração: parecem desanimados, infelizes, até mesmo doentes. Trata-se de um problema que vem se tornando cada vez mais comum nas corporações, a ponto de ganhar até o status de distúrbio psicológico específico: a depressão pós-férias.

De acordo com pesquisa feita recentemente pela International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), um em cada quatro profissionais brasileiros apresenta sintomas desse distúrbio. Há desde sintomas físicos — como dores musculares, dor de cabeça, cansaço constante e insônia — até psicológicos, como angústia, ansiedade e raiva. A pesquisa ouviu 540 profissionais que haviam acabado de voltar de férias, de ambos os gêneros e com idade entre 25 e 60 anos, e constatou que 124 deles manifestaram alguns dos sintomas típicos.

Os gestores de recursos humanos devem estar especialmente atentos à parte da pesquisa que revela as “fugas” utilizadas pelos profissionais atingidos pela depressão pós-férias. Dos que apresentaram sintomas, 68% admitiram o uso de medicamentos ou drogas que supostamente ajudam a lidar com a situação, 52% relataram consumo de bebida alcoólica, 38% compensam as frustrações ingerindo comidas calóricas e 33% recorrem ao cigarro. “Nas duas primeiras semanas, é perfeitamente normal não estar se sentindo 100% motivado. Afinal, não é fácil lidar com a ideia de que vai demorar um pouco para que as próximas férias cheguem”, diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma no Brasil. “A preocupação é quando essa sensação se prolonga e ganha sintomas mais intensos.”

Dos profissionais identificados como portadores da depressão pós-férias, 93% apontaram a insatisfação profissional como principal motivo. As outras causas mais citadas têm relação direta com falhas nas estratégias de gestão de pessoas: 86% culparam a falta de perspectiva de crescimento e aprendizado profissional, 71% citaram o ambiente hostil ou não confiável como razão para a sensação de desânimo e 49% citaram conflitos pessoais. “São todas situações em que os gestores de pessoas têm o dever de identificar e combater dentro das empresas”, diz Ana Maria.

PROFISSIONAIS MAIS VULNERÁVEIS - A pesquisa identificou também o tipo de profissional que parece estar mais vulnerável à depressão pós-férias: aquele que trabalha no setor financeiro, de informática ou de saúde. Além disso, há uma maior predisposição de profissionais que estejam trabalhando fora de sua área de formação. Uma simples conversa do gestor com o subordinado pode ser um passo importante para superar o problema — daí a necessidade de permanecer atento a mudanças de comportamento. Essa iniciativa quase sempre precisa partir do gestor, pois, em meio a um ambiente de insegurança, o profissional que enfrenta o problema tende a ter receio de perder espaço caso admita vulnerabilidades.

Cada empresa desenvolve suas estratégias para lidar com o problema. Fundada em 2008, a companhia aérea Azul está lidando com a primeira geração de funcionários a tirar férias pela segunda vez. Para o diretor de RH, Johannes Castellano, o segredo para evitar desânimo de quem retorna ao trabalho é oferecer constantes desafios profissionais. “Nosso ritmo de crescimento não permite que esse tipo de sensação tome conta do pessoal. Quem não voltar das férias dando o máximo certamente vai ficar muito exposto pelo contraste com os demais”, afirma.

Ao longo de 2010, quem ficou um mês afastado encontrou uma empresa bem diferente do que quando saiu. Houve meses em que o número de funcionários aumentou 10% — os 2 700 colaboradores de janeiro vão se transformar em 5 000 até o fim do ano. Castellano percebeu a tendência, especialmente entre os executivos, de postergar ao máximo as férias. “Tento convencer o pessoal de que, nessa correria em que vivemos, o momento ideal não vai chegar nunca. E dou uma pressionada, dizendo que saber delegar é uma habilidade muito bem-vista pela companhia.”

Um dos grandes obstáculos para conseguir se desligar do trabalho durante as férias é o hábito de estar o tempo todo conectado aos negócios por meio de recursos tecnológicos. Mesmo quem está sob o sol de um paraíso tropical distante corre o risco de ter a tranquilidade abalada por notícias corporativas, caso insista em manter o celular ligado ou ter acesso aos e-mails durante o descanso. Para evitar esse risco, o executivo João Kepler, de 41 anos, investidor em novos projetos na internet, que se divide entre escritórios em Maceió e São Paulo, combinou com a mulher e os três filhos, com idade entre 6 e 11 anos, que ficaria totalmente “offline” — inclusive com o celular desligado, o maior de todos os desafios para qualquer executivo — durante a semana em que a família viajou pelos Estados Unidos.

“Inicialmente foi um esforço muito grande, porque sou muito conectado a todos esses aparelhinhos modernos. Mas deixei na empresa o telefone do hotel, com a orientação de que só me ligassem em caso de vida ou morte. Com isso, descobri que as coisas continuam andando sem mim”, diz Kepler. Para que não retornasse ao trabalho fisicamente extenuado, ele reservou mais alguns dias para a transição. “Quando voltamos para casa, tive tempo de curtir com as crianças os brinquedos que trouxemos da viagem e fazer mais alguns programas familiares, como ir ao cinema”, conta.

Fonte / autor(a): Site da revista Você RH

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pais, profissionais e estressados

Homens e mulheres que estão entre 30 e 49 anos,
dedicam-se à carreira e têm filhos pequenos formam
o grupo mais vulnerável ao stress.


Há dois anos, a vida dos empresários gaúchos Crismeri Corrêa, de 40 anos, e Marcio Silva, de 45 anos, mudou radicalmente. De profissionais bem-sucedidos, focados exclusivamente no trabalho e no casamento, eles acumularam a função de pais das gêmeas Eduarda e Daniela. "A minha prioridade passou a ser o futuro das minhas filhas, o que se tornou uma fonte extra de preocupação", diz a mãe. Ao que o pai faz coro: "Sinto-me mais pressionado para manter a estabilidade financeira e, assim, garantir um futuro tranqüilo para as meninas". Crismeri e Marcio retratam fielmente o resultado de duas pesquisas recém-concluídas sobre o perfil de homens e mulheres mais vulneráveis ao stress. De acordo com levantamentos realizados no Brasil e nos Estados Unidos pelo Instituto Gallup, brasileiros e americanos com idade entre 30 e 49 anos que trabalham e têm filhos pequenos são as grandes vítimas do mal. Nada menos do que 50% da população nessa faixa etária relata estar constantemente sob tensão. O índice supera em cerca de 10% a média geral.

O stress excessivo a que esses homens e mulheres estão submetidos explica-se por uma conjunção de fatores. Com a conquista do mercado de trabalho, a mulher adiou a maternidade para depois dos 30 anos. E não há como negar que a chegada de um bebê é fator de mudanças profundas na vida de um casal. Ou seja, uma fonte de stress para ambos. Além disso, essa fase da vida é a da consolidação da carreira. Portanto, um período de desafios e preocupações. De um lado, está a cobrança em garantir o futuro da prole. De outro, o fato de que manter uma criança pequena custa caro. Um levantamento feito recentemente no Brasil pelo instituto de pesquisas LatinPanel mostra que as famílias com crianças de até 5 anos são as que mais se endividam. Elas gastam, em média, 5% além do que ganham. O dinheiro vai embora em fraldas descartáveis, xampus antilágrimas, papinhas prontas...

Entre homens e mulheres, elas estão com os nervos mais à flor da pele. O índice de brasileiras que se definem como "muito estressadas" é o dobro do de brasileiros. "Elas estão sujeitas a uma avalanche de cobranças: o trabalho, a casa, as crianças, o marido...", afirma a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente do International Stress Management Association-Brasil. "O que gera, na maioria delas, a angústia de não poder dedicar mais tempo ao marido e aos filhos." Nos Estados Unidos e no Brasil, multiplicam-se sites, blogs, livros e até revistas especializadas em tentar aplacar a aflição dessas mulheres. Uma dessas revistas, a americana Working Mother (algo como Mãe Trabalhadora, em português), com tiragem mensal de 850.000 exemplares, traz reportagens como "As 100 melhores empresas para uma mãe trabalhar" ou "Como conciliar o bebê com Wall Street".

O stress é uma resposta do organismo a situações novas, sejam elas boas ou ruins. Nessas ocasiões, há aumento considerável na produção de dois hormônios, o cortisol e a adrenalina, cuja função é, principalmente, deixar o corpo em estado de alerta. Essa capacidade é extremamente útil em situações de perigo e pode ser até positiva, se bem canalizada. Por outro lado, a liberação contínua dessas substâncias é uma ameaça à saúde. O stress constante pode levar a doenças como insônia, fadiga crônica e depressão. "É impossível eliminar o stress da vida moderna", diz a psicóloga Marilda Lipp, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas e autora de livros sobre o tema. "Por isso, é preciso aprender a lidar com ele." Tudo é uma questão, como cantava Walter Franco, de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo.
Paula Neiva
Fonte:Veja

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A IDADE DE SER FELIZ


Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

DESCONHECIDO
FONTE:PENSADOR.INFO

SOLIDÃO


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ... Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. .. Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma....



Francisco Buarque de Holanda