sábado, 14 de agosto de 2010

Vou correr, não deu para fazer a avaliação médica! E agora?

Prevenir é o melhor tratamento, o esportista participante de uma prova popular, poderá usar o questionário PAR-Q (sigla de Physical Activity Readiness Questionnaire, ou seja Questionário de Prontidão para Atividade Física), de avaliação clínica pré-participação esportiva sumária. Foi criado no Canadá para ser distribuído como orientação para quem ainda não procurou um médico especialista para essa avaliação. Esperando procurar o doutor logo que puder, esse questionário serve como esclarecimento, sem substituir o exame médico.

Consta de sete perguntas, às quais se devem responder com um simples "sim" ou "não" com total sinceridade (afinal você é o único responsável pelas respostas).

Caso haja alguma resposta "sim", procurar imediatamente a consulta médica.
Ao responder "não" a todas as perguntas, a possibilidade de ter alguma condição clínica que ofereça risco durante a atividade esportiva é baixa:

"Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q)" (revisado).
1. Algum médico já disse que você possui algum problema de coração e que só deveria realizar atividade física com supervisão por profissionais de saúde?
2. Você sente dores no peito quando pratica exercícios físicos?
3. No último mês, você sentiu dores no peito quando praticava atividade física?
4. Você apresenta desequilíbrio devido a tontura e/ou perda de consciência?
5. Você possui algum problema ósseo/articular/muscular que pode piorar pela atividade física?
6. Você toma atualmente algum medicamento para pressão arterial e/ou problema de coração?
7. Sabe de alguma outra razão pela qual você não deve realizar atividade física?


"FAÇA EXERCÍCIOS FÍSICOS, SUA SAÚDE AGRADECE"
Dr. Nabil Ghorayeb
Fonte:em forma

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Crianças e Sobrepeso: Cada Vez Mais Cedo

Por Beth Santos

Estudo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Franca, São Paulo, revelou que 15,82% das crianças pesquisadas, entre 7 e 10 anos, apresentam sobrepeso. Todos são alunos de 18 escolas selecionadas na rede municipal de ensino. O índice encontrado está dentro da média no Brasil, mas preocupa médicos e educadores porque o problema surge cada vez mais cedo.

Entre os 6.707 estudantes que fizeram parte do levantamento, 1.061 (484 meninas e 577 meninos) têm sobrepeso, mas também foram encontradas crianças abaixo do peso. Todos os casos mais graves – 120 crianças obesas e 72 com baixo peso – serão acompanhados por profissionais de saúde. A pesagem foi realizada pelos professores entre agosto e setembro de 2009, durante as aulas de educação física.

Mudança Comportamental
A nutricionista Fernanda Pisciolaro, membro do Departamento de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da ABESO, comenta que, de fato, “diversos estudos têm apontado um aumento progressivo no sobrepeso e obesidade, especialmente em crianças e adolescentes de escolas particulares”. Segundo ela, o aumento revelado em grandes proporções também nas escolas públicas “reflete uma mudança comportamental, de oferta inadequada de alimentos em casa e redução de atividades físicas, principalmente as lúdicas e informais”. Ou seja, brincadeiras, jogos de bola, caminhadas etc.

A especialista prossegue afirmando que “uma das causas da obesidade é o fraco vínculo das crianças e adolescentes com a família, que compartilham cada vez menos os momentos de preparo e consumo alimentar”. A Dra. Fernanda Pisciolaro comenta que “vários trabalhos têm demonstrado melhor eficácia no tratamento da obesidade infantil e do adolescente quando existe a participação efetiva da família”.

O Papel dos Pais
A coordenadora de merenda Thaís Machado, da rede municipal de Franca, SP, concorda com a nutricionista quando diz que “a orientação nutricional deve ser levada adiante para atingir também os pais porque senão nada adianta se a criança comer à vontade em casa”. Por isso, criou-se um programa de alimentação em sala de aula que será estendido aos pais dos escolares.

Mas a influência da família não para por aí. Segundo a nutricionista Fernanda Pisciolaro “também já foi demonstrado que uma redução no Índice de Massa Corporal (IMC) dos pais se associa positivamente à redução do IMC dos filhos, e que, quanto antes o problema for detectado e tratado, melhor é sua evolução”, conclui.

Fonte:ABESO