segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Proximidade do verão reforça os cuidados com a saúde

Idosos e crianças são os mais expostos aos problemas do verão.
Dermatites, desidratação e insolação inspiram cuidados.

Do G1, em São Paulo

Dia 21 de dezembro começa oficialmente o verão no hemisfério Sul. Ainda que na maior parte do país o sol e as altas temperaturas predominem durante quase o ano todo, a chegada da nova estação traz também novas preocupações com a saúde. É claro que dá para aproveitar o que o verão tem de bom, mas os médicos alertam, bom senso é a regra.


Alimentação leve, boa hidratação, roupas adequadas ao clima e usar filtro solar para se proteger contra os raios UVB – que podem causar de envelhecimento precoce ao câncer de pele – são os cuidados mais lembrados pelos especialistas.



Os problemas dermatológicos são os mais comuns nesta época, muitas vezes por motivos que as pessoas nem imaginam, “O sol diminui a resistência imunológica da pele e isso pode provocar infecções”, explica a dermatologista Ediléia Bagatin, do Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

" O idoso tem menos sede que os mais jovens, porém perdem água pelo suor da mesma forma"

Se você tem filhos pequenos também deve ficar atento. As crianças, em especial os bebês, costumam sofrer mais no calor. “Hidratação e cuidado com a roupa das crianças”, é a recomendação da médica.


Ela lembra que no verão, os bebês podem apresentar um problema bastante comum chamado miliária, a popular brotoeja. Ela se caracteriza pelas fortes coceiras que incomodam as crianças e aparece quando há retenção de suor pela epiderme, mais um motivo para ficar atento e dar preferência às roupas leves.


No entanto, não só os bebês e as crianças sofrem com o calor. Os idosos também merecem atenção especial.

“O idoso tem menos sede que os mais jovens, porém perdem água pelo suor da mesma forma”, explica o geriatra Clineu Almada, da Unifesp. “Isso pode levar à desidratação, o que é bastante comum nesta época.”


Outro aspecto que deve despertar atenção é o fato de que os idosos também não sentem tanto calor quanto os mais jovens. “Na verdade, eles sentem até mais frio”, diz Almada, chamando atenção para a importância de usar roupas adequadas ao calor.

Pressão alta x calor
Para os idosos com hipertensão, e ele são quase a metade dessa população no país, os cuidados devem ser dobrados. Muitas vezes, é necessária uma visita ao médico para adequar a dosagem da medicação.


Diuréticos, ansiolíticos e analgésicos podem abaixar ainda mais a pressão, que já tem a tendência de diminuir no calor. “Quanto mais frágil é o idoso mais é preciso ajustar a medicação, pois no calor o equilíbrio se dá em concentrações diferentes”, afirma o geriatra da Unifesp.


Para enfrentar bem a estação mais quente do ano, Almada recomenda que os idosos tomem o cuidado de usar roupas adequadas e se hidratem bem, sem esquecer de que as frutas podem ser uma boa opção de alimentação leve e que contém água.



Os problemas mais comuns nesta época do ano e que podem ser evitados seguindo os conselhos dos especialistas:



Insolação - A exposição excessiva ao sol pode causar dor de cabeça, tontura e até mesmo a inconsciência.



Dermatites - As infeções de pele são comuns no verão, causada principalmente pela exposição excessiva ao sol.



Desidratação - O problema é pior para crianças e idosos. As crianças, por ter proporção maior de água no organismo e os idosos por terem menor capacidade de reter líquido.



Intoxicação alimentar - No verão é comum as pessoas se alimentarem na praia, clube ou em locais que não garantem a higiene necessária para a conservação e preparo dos alimentos. Dor de cabeça, diarreia e até desidratação podem ser as consequências.

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