A qualidade de vida psicológica de uma pessoa depende dos tipos de vínculos que ela estabelece no início de sua vida com seus modelos ( mãe, pai e/ou cuidadores ) os quais serão mantidos durante seu amadurecimento.
Nossas estruturas cognitivas serão organizadas em função dos mesmos.
Estes vínculos são importantes para a formação da estrutura da personalidade, na escolha de relacionamentos amorosos, interpessoais, no ambiente de trabalho, na forma de administrar o stress diário...
O indivíduo que se sentiu valorizado de alguma forma, apoiado a enfrentar os desafios da vida, que experimentou relações mais tranqüilas, terá uma visão muito mais clara e positiva. Tenderá a se amar mais e confiar mais em si mesmo. Já os que não se sentiram apoiados e valorizados e se relacionaram em ambientes conturbados verão sua realidade como fria, vazia e solitária.
Geralmente tornan-se seres que exigem atenção constante, querendo sempre agradar aos outros a ponto de esquecerem sua própria vida para viver em função dos desejos e vontades das outras pessoas.
Atraem relacionamentos confusos e insatisfatórios por apresentarem-se tão disponíveis em troca de amor, carinho e atenção. Correm o risco de serem rejeitados, não valorizados e menosprezados pelo parceiro.
Os relacionamentos preenchem este vazio sentido por elas.
Quem agüenta um homem ou mulher que se doa cem por cento? Dedicação total? Num primeiro momento as pessoas gostam, pois sentem-se amadas, mas com o tempo se cansam e desmerecem seu companheiro(a), pois o ser humano naturalmente gosta da conquista, do desafio.
Na maioria das vezes, abrem mão de seus familiares, amigos, trabalho para se dedicarem exclusivamente a seu relacionamento.
O carente acredita que não seja merecedor de amor e sim os seus parceiros o sejam.
Muitos para suprirem este vazio, buscam também muitas vezes consumir coisas materiais de forma desenfreada e acabam com sérios problemas financeiros ou ainda alimentam-se exageradamente. A compulsão existe para aumentar a auto-estima e para sentirem-se importantes.
Não podemos esquecer ainda, que somos seres sociais, por isto a carência saudável, nos aproxima do outro, nos permite relacionar-se. O que descrevemos aqui é o exagero e a necessidade da busca de um auxílio eficaz.
As relações são mantidas por reciprocidades, é uma troca constante, não existe um doador e um receptor de atenção, carinho, amor. As trocas destes papéis se alteram e esta é a forma mais sadia de relacionar-se.
O caminho para administrar o problema é desenvolver a auto- aceitação e com isso a auto-estima. E a compreensão de que o que buscamos no outro, devemos na verdade buscar dentro de nós mesmos. E se sozinho não nos for possível, o auxílio de um profissional especializado, é o grande diferencial que pode ser de grande ajuda.
Silvia Ligabue - Psicóloga Clinica, Consultora em Programas de Qualidade
de Vida em Empresas.Tel Comercial: (011) 51824544ligabue@grupopsicon.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário