domingo, 19 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ansiedade na Adolescência

Apesar de todo adolescente enfrentar episódios de ansiedade uma vez ou outra, alguns parecem ser mais ansiosos que a média.

A ansiedade é uma reação normal do organismo a qualquer situação de estresse, podendo ocorrer desde uma prova na escola até a falar em público, marcar um encontro ou participar de uma competição. O problema começa quando a resposta a este estresse se torna tão intensa a ponto de comprometer seu desempenho ou seu relacionamento com outras pessoas no dia a dia.

Além de ser uma reação normal, a ansiedade também pode ser considerada uma ferramenta útil. Por exemplo, ao estudar para um teste, um pouco de ansiedade pode ser o tempero que faltava para lhe fazer estudar com mais afinco. Entretanto, quando excessiva, ela pode prejudicar a capacidade de raciocínio.

A partir de que ponto a ansiedade pode ser considerada excessiva?

Existem alguns sinais que sugerem que os níveis de ansiedade ultrapassaram os limites da normalidade. Os principais são:

- Você passa a ficar ansioso, preocupado ou assustado sem motivo aparente.

- Você se preocupa demais com situações ou atividades rotineiras, como preparar uma refeição ou fazer um telefonema.

- Você checa repetidamente se fez uma determinada coisa certa (p.ex.: volta várias vezes para ver se fechou a porta).

- Você simplesmente tem ataques de pânico em certas situações corriqueiras (p.ex.: treme e sente náuseas ou vontade de desmaiar durante uma prova na escola).

Todos estes sintomas significam que, provavelmente, seu nível de ansiedade está além do normal.

Quais os tratamentos da ansiedade?

Uma vez reconhecido o problema, é hora de descobrir como superá-lo. Aprenda com suas emoções: o que lhe traz paz e o que lhe causa ansiedade? Em muitos casos, apenas admitir para si que uma determinada situação pode causar angústia excessiva, e preparar-se antecipadamente para ela, já pode ser o suficiente para liquidar o problema da ansiedade.

Algumas pessoas podem se beneficiar de técnicas simples de relaxamento. Por exemplo: para reduzir seus níveis de ansiedade, dedique diariamente um período de 20 minutos voltado para o relaxamento. Procure um lugar calmo, longe de outras distrações. Desligue o som do computador e do telefone, e sente-se em silêncio, o mais quieto possível, por 20 minutos. Mantenha o foco dos pensamentos naquele momento, eliminando da mente qualquer outra idéia capaz de desviar sua atenção. Enquanto medita desta forma, procure perceber qual ou quais partes do seu corpo se encontram relaxadas ou tensas.

A medida em que você for avançando na meditação, tente imaginar que cada pequeno músculo do seu corpo está se tornando relaxado e livre de tensões. Concentre-se em manter a respiração lenta, e a cada expiração imagine seus músculos ainda mais relaxados – como se, a cada movimento respiratório, você exalasse a tensão para fora de si.

Findo o período de 20 minutos, procure sustentar o estado de serenidade por mais tempo. Após algumas semanas de prática diária, a maioria dos adolescentes é capaz de manter o relaxamento prolongado por várias horas, reduzindo significativamente os efeitos nocivos da ansiedade sobre sua vida.

Quem precisa tomar remédio para controlar a ansiedade?

Cerca de 13% dos adolescentes apresentam uma ansiedade tão intensa que é necessário iniciar algum tipo de remédio específico para controlar o distúrbio.

Existem vários medicamentos que podem ser utilizados para reduzir a ansiedade. A escolha entre um e outro dependerá do tipo e da intensidade dos sintomas.

Distúrbios generalizados da ansiedade ou ansiedade relacionada a certas situações sociais costumam ser tratados com os mesmos medicamentos empregados no tratamento da depressão (p.ex.: fluoxetina, paroxetina, venlaflaxina, amitriptilina, etc). Os efeitos destes remédios em geral levam cerca de 15-30 dias para serem percebidos.

Os benzodiazepínicos são considerados os medicamentos mais específicos contra ansiedade. O diazepam, o lorazepam e o alprazolam, são os benzodiazepínicos mais conhecidos. Eles podem ser utilizados sozinhos ou associados a outros remédios.

Na maioria dos casos, os médicos optam por associar o tratamento medicamentoso com técnicas de psicoterapia (p.ex.: terapia cognitivo-comportamental) para aumentar as chances de melhora e acelerar a recuperação.

FONTE:BOA SAUDE