Aromaterapia: bem-estar em gotas
Extraídos de folhas, flores, frutos, raízes, sementes e cascas, os óleos essenciais acompanham os momentos de relaxamento.
Sentir aromas agradáveis pode ter um efeito altamente terapêutico. Com as gotas dos óleos essenciais usados pela aromaterapia, o poder curativo das plantas é transferido para banhos, massagens e ambientes, equilibrando as emoções e fortalecendo o organismo.
Aromas agradáveis normalmente despertam nossos sentidos. Se esses perfumes forem exalados de óleos essenciais, o efeito é potencializado, reequilibrando as emoções e a saúde do corpo inteiro. Esse é o princípio básico da aromaterapia: "Inalado, o aroma dos óleos chega ao cérebro, que passa a liberar substâncias de efeito relaxante (lavanda, lemongrass, laranja, manjerona, petitgrain, ilangue-ilangue e jasmim); sedativo (gerânio, camomila, eucalipto e melissa); estimulante (alecrim, bergamota, cravo, sálvia-esclaréia, hortelã-pimenta, limão e sálvia); e refrescante (hortelã-pimenta, limão e pinho). Em contato com a pele, as essências são capazes de influenciar o metabolismo e fortalecer o sistema de defesa do organismo", explica o paulista Fernando Amaral, especialista em aromaterapia e estudioso do olfato.
Tanto poder tem uma razão química: os óleos essenciais são compostos de mais de 100 componentes, que atuam em conjunto para tratar a mente e o corpo. As antigas civilizações orientais sabiam disso há 6000 anos. Apesar de esse conhecimento estar registrado em livros sagrados indianos, egípcios e de medicina chinesa, a medicina ocidental demorou a abrir espaço para a aromaterapia no tratamento de doenças. Mas, a cada dia, surgem novas pistas de que os óleos essenciais podem aliviar diversos males. Estudos científicos realizados recentemente na Austrália confirmaram as propriedades anti-sépticas, antiinflamatórias e analgésicas do óleo essencial do tea tree, também conhecido pelo nome de melaleuca.
No Brasil, a aromaterapia já está sendo usada em grandes hospitais. Na Unidade de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, um dos mais modernos do país, as salas de check-up são aromatizadas com óleos essenciais de efeito relaxante: "Esse aroma ameniza a ansiedade dos pacientes, facilitando a realização dos exames", diz Mike Roberto Costa, gerente administrativo. Na Clínica do Movimento, também do Einstein, são usados aromas estimulantes na sala de avaliação física. "As pessoas se sentem mais dispostas a fazer os testes nos aparelhos de ginástica", atesta Mike.
Resgate das emoções
O mecanismo de associarmos os aromas agradáveis a tudo o que é limpo e saudável, ou às lembranças boas, é chamado pelos especialistas de gatilho emocional olfativo. "Por isso, a aromaterapia funciona muito bem como coadjuvante nos tratamentos psicológicos. Ao sentir um determinado cheiro, a pessoa pode resgatar emoções alegres ou tristes da infância ou de um passado próximo", diz Samia Maluf, psicóloga de São Paulo, que pulveriza lavanda no seu consultório para baixar a ansiedade, diminuir o cansaço e deixar seus pacientes mais à vontade para relatar seus problemas e bloqueios.
Grapefruit, petitgrain, laranja e gerânio são os aromas selecionados pela psicóloga para tratamentos antidepressivos. Em outros casos, a escolha da fragrância fica a critério do paciente: "O que mais agradar ao olfato da pessoa naquele momento é o que ela precisa", diz Samia.
Reportagem: Eliane Contreras
FONTE:BONS FLUIDOS
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