Ricardo Alexandre de Oliveira Mendonça
Meditar é ficar parado ou sentado? Meditação tem a ver com religião? Estas dúvidas em relação à meditação são comuns. E não discordo de quem as têm, uma vez que a mídia a divulga com fotos de praticantes imóveis e de olhos fechados. Divulga também imagens de praticantes em ambientes ritualísticos religiosos. Voltaremos a estas questões mais abaixo.
Parar a mente o máximo possível, respirar sucessivas vezes, perceber e superar alguns incômodos físicos, oxigenar o cérebro e os pulmões, voltar ao "normal" revitalizado e com potencial aumentado. Como muitos sabem, a meditação é uma prática poderosa. Tanto pode ser feita de forma dinâmica como também de maneira mais serena.
Muitas empresas vêm adotando práticas de relaxamento para diminuir o estresse diário de seus funcionários, e, já perceberam que quanto mais o corpo e a mente trabalham em harmonia, menos pesado torna-se o trabalho, menos doenças e acidentes acontecem e a produtividade aumenta.
Curiosa é a matemática da produção!
Quanto mais atividade mais estresse, erros e baixas de resultados na produção.
Quanto mais meditação menos estresse, erros e baixas na produção.
Ora, o tempo gasto na meditação não é a diminuição do tempo da produção? Ela pode diminuir os resultados, diriam alguns. Pois é exatamente o contrário! Tenho duas práticas de meditação que comprovam o que mencionei. Na prática pessoal nas pequenas meditações diárias, consigo em 10 minutos livrar-me de dores nas costas, da respiração acelerada, de pensamentos misturados e do automatismo no meu trabalho. Ainda na prática pessoal faço meditações maiores com cerca de 1h de duração quase todos os dias, em algum horário mais elástico que tenha.
Na prática de psicólogo e instrutor tenho acompanhado algumas pessoas que estão começando, principalmente empresários que conseguem reorganizar-se e terem uma energia mais direcionada para cuidarem de suas equipes e dos seus negócios. Quando conseguem perceber a si próprios, dissociam-se por alguns momentos de suas preocupações, dão chance à manifestação de uma energia forte e esclarecedora, uma vez que o cérebro "limpou-se" de contaminações excessivas e, permite o aparecimento de novas ideias e soluções criativas, para os problemas do dia-a-dia.
Neste momento tudo é visto, por eles, com novos olhos e o poder pessoal é muito maior do que era há alguns minutos! A prática constante torna a meditação um hábito e, em muitos casos, uma necessidade saudável e próspera de resultados em todos os aspectos da vida.
Voltemos às questões do começo do texto.
Meditação tem a ver com religião?
A meditação está associada à algumas religiões como o budismo, por exemplo, embora esse não se defina como religião. Hoje a ciência comprova seus benefícios e não é à toa que vem sendo usada nos mais diversos segmentos. Quem tiver um interesse maior também sugiro a pesquisa em sites e na literatura sobre o assunto.
Meditar é ficar parado sentado?
Esta pode ser uma das posturas físicas, mas o importante é a mudança mental. Podemos meditar caminhando na rua, num corredor grande, dirigindo ou parados em um engarrafamento, no ônibus etc. Meus clientes começam com uma pequena familiarização à prática, na maneira tradicional e depois aprendem a meditar durante suas atividades diárias.
Quais os benefícios da meditação?
- No plano pessoal: diminuição da ansiedade e da insônia; expansão da capacidade respiratória; desenvolvimento da concentração; melhoria da autoconfiança; melhor capacidade para lidar com as angústias; diminuição marcante de medos e fobias; redução da frequência de doenças; maior capacidade afetiva.
- No plano profissional: aumento marcante da criatividade; geração de idéias, de organização, da capacidade de ouvir e de absorver as irritações próprias e dos outros. Desenvolvimento da autopecepção profissional e da equipe; diminuição de riscos desnecessários; maior identificação com a escolha profissional e expansão, de forma geral, de toda a vida profissional.
O ser humano é composto pelas dimensões, física, emocional, social, espiritual e intelectual; dimensões estas que devem ser cultivadas no dia a dia por toda nossa vida. E para que possamos viver de forma harmônica estas dimensões devem estar sempre inter-relacionadas. Somos os únicos responsáveis pela busca de nosso bem estar e qualidade de vida. Você já pensou nisto? Serviços Prestados pelo GRUPO PSICON-PSICORPO Informações: 55 11 2865-4845 5182-4544/9129-6351 ou ligabue@grupopsicon.com.br
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
SUS oferece duas novas vacinas para seis milhões de crianças
Duas novas vacinas serão incluídas no calendário básico de vacinação disponível na rede pública de saúde: a pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C. A primeira será oferecida a partir de março em todo o território nacional e protege contra a bactéria pneumococo, causadora de meningites e pneumonias pneumocócicas, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia (presença de bactérias no sangue), entre outras doenças. A segunda será aplicada a partir de agosto e imuniza contra a doença meningocócica.
Nos primeiros 12 meses após a implementação, as novas vacinas serão aplicadas em crianças menores de dois anos de idade. A partir de 2011, elas farão parte do calendário básico de vacinação da criança específico para os menores de um ano. Depois de cinco anos do início dos novos programas de vacinação, em 2015, a previsão é sejam evitadas cerca de 45 mil internações por pneumonia por ano em todo o Brasil. Com isso, a média dessas internações por ano cairá de 54.427 para 9.185, uma redução de 83%.
“As inclusões das vacinas são um grande avanço para a saúde pública brasileira. Os imunizantes vão proteger a população contra doenças de grande e vão contribuir para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria da qualidade de vida do brasileiro”, afirma o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério, Eduardo Hage.
DOENÇAS– Principal causa de meningite bacteriana no Brasil, a doença meningocócica pode se manifestar como uma inflamação nas membranas que revestem o cérebro (meningite) ou como uma infecção generalizada (meningococcemia), que pode levar rapidamente à morte. Entre 2000 e 2008, o número de casos da doença caiu de 4.276 para 2.648, uma redução de 38% (veja quadro abaixo). No mesmo período, o número de mortes por essa enfermidade caiu 47%, de 777 para 412. Essa redução pode ser atribuída à menor circulação do meningococo do sorogrupo B, uma vez que, entre 2001 e 2009, os 20 surtos de doença meningocócica no país tiveram como responsável o meningococo C.
O pneumococo, por sua vez, é a segunda maior causa de meningites bacterianas (pneumocócicas) no Brasil. Entre 2000 e 2008, manteve-se a média anual de 1.250 casos de meningite pneumocócica e de 370 óbitos por ano (veja quadro abaixo). O pneumococo também é o principal agente causador de pneumonias em todas as faixas etárias. O número de internações no SUS por essa doença caiu de 950.162, em 2000, para 695.622, em 2008 – redução de 26,8%.
INVESTIMENTO –Para a aquisição das duas vacinas em 2010, o Ministério da Saúde investirá R$ 552 milhões. Desse total, R$ 400 milhões serão destinados para 13 milhões de doses da vacina pneumocócica e R$ 152 milhões para 8 milhões de doses da meningocócica. As doses são suficientes para imunizar 6 milhões de crianças menores de dois anos de idade. O Ministério também vai comprar diretamente 13 milhões de seringas e agulhas, com investimento de R$ 1,4 milhão, para a aplicação da vacina pneumocócica.
Com o investimento, o Ministério alcança a meta do Programa Mais Saúde de introduzir duas novas imunizações no calendário básico, um ano antes da data prevista, 2011.
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA – O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, explica que as vacinas serão adquiridas diretamente de laboratórios nacionais. A pneumocócica será comprada do Laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), graças a um acordo de transferência de tecnologia assinado entre o Ministério e o laboratório inglês Glaxo Smith Kline (GSK) no ano passado.
Já um acordo de transferência de tecnologia firmado também em 2009 entre a Fundação Ezequiel Dias (Funed), o governo de Minas Gerais, e a companhia farmacêutica suíça Novartis permitirá a compra da vacina anti-meningocócica C diretamente da Funed. “Isso demonstra a vontade do SUS de aprimorar as ferramentas de prevenção e tratamento a serviço da população. São vacinas modernas e é muito importante que os laboratórios nacionais dominem essa tecnologia”, avalia o secretário.
Além desses contratos de transferência de tecnologia, nos últimos cinco anos, o Brasil começou a produzir vacina contra a gripe sazonal, contra o rotavírus humano e a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba). Essas três vacinas responderam por 28,6% da produção nacional em 2008.
CALENDÁRIO BÁSICO – Com a introdução das vacinas, o Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério passará a ter 13 tipos de vacinas para proteger contra 19 doenças (veja quadro abaixo). Além disso, a oferta total do PNI, considerando as imunizações especiais, passa a ser de 28 tipos de vacinas (nacionais e importadas). O número é 30% maior que em 2002, quando eram oferecidos 18 tipos. O crescimento deve-se principalmente ao investimento do país para desenvolver novas vacinas e ao aumento da capacidade de produção nos últimos anos.
Para se ter ideia, o investimento brasileiro em pesquisas para o desenvolvimento e aprimoramento de vacinas aumentou mais de 1.216% em cinco anos. Em 2003, o governo federal investiu R$ 1,6 bilhão em estudos na área. Esse número saltou para R$ 21 bilhões em 2008. São recursos do Ministério da Saúde, com contrapartida de órgãos do governo de fomento à pesquisa – como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), UNESCO e fundações estaduais de apoio à pesquisa.
Novo Calendário Básico de Vacinação depois da inclusão da pneumocócica 10-valente e anti-meningococo C
1. BCG (contra tuberculose)
2. Vacina contra hepatite B
3. DTP (contra difteria, tétano e coqueluche)
4. DTP+Hib (contra difteria, tétano e coqueluche e infecções por Haemophilus influenzae tipo B )
5. DT (dupla adulto – contra difteria e tétano)
6. Vacina Hib (infecções por Haemophilus influenzae tipo B)
7. Vacina contra poliomielite
8. Vacina contra rotavírus
9. Vacina contra febre amarela
10. Tríplice viral (contra caxumba, rubéola e sarampo)
11. Vacina contra Influenza (gripe)
12. Vacina Pneumocócica (contra meningites bacterianas, pneumonias, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia)
13. Vacina anti-meningocócica (contra doença meningocócica)
Quadro1
ESQUEMA BÁSICO DE VACINAÇÃO
Pneumocócica 10-valente
Crianças menores de 1 ano.
Esquema Vacinal: Serão ministradas 3 doses + 1 reforço no primeiro ano de vida da criança. Para o ano da implantação, haverá um esquema especial, no qual crianças de 12 meses a 24 meses de idade não vacinadas anteriormente receberão a imunização.
Meningocócica C
Crianças menores de 1 ano.
Esquema Vacinal: Serão ministradas 2 doses + 1 reforço no primeiro ano de vida da criança. Para o ano da implantação, haverá um esquema especial, no qual crianças de 12 meses a 24 meses de idade não vacinadas anteriormente receberão a imunização.
Fonte: SINAN/SVS/MS
Nos primeiros 12 meses após a implementação, as novas vacinas serão aplicadas em crianças menores de dois anos de idade. A partir de 2011, elas farão parte do calendário básico de vacinação da criança específico para os menores de um ano. Depois de cinco anos do início dos novos programas de vacinação, em 2015, a previsão é sejam evitadas cerca de 45 mil internações por pneumonia por ano em todo o Brasil. Com isso, a média dessas internações por ano cairá de 54.427 para 9.185, uma redução de 83%.
“As inclusões das vacinas são um grande avanço para a saúde pública brasileira. Os imunizantes vão proteger a população contra doenças de grande e vão contribuir para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria da qualidade de vida do brasileiro”, afirma o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério, Eduardo Hage.
DOENÇAS– Principal causa de meningite bacteriana no Brasil, a doença meningocócica pode se manifestar como uma inflamação nas membranas que revestem o cérebro (meningite) ou como uma infecção generalizada (meningococcemia), que pode levar rapidamente à morte. Entre 2000 e 2008, o número de casos da doença caiu de 4.276 para 2.648, uma redução de 38% (veja quadro abaixo). No mesmo período, o número de mortes por essa enfermidade caiu 47%, de 777 para 412. Essa redução pode ser atribuída à menor circulação do meningococo do sorogrupo B, uma vez que, entre 2001 e 2009, os 20 surtos de doença meningocócica no país tiveram como responsável o meningococo C.
O pneumococo, por sua vez, é a segunda maior causa de meningites bacterianas (pneumocócicas) no Brasil. Entre 2000 e 2008, manteve-se a média anual de 1.250 casos de meningite pneumocócica e de 370 óbitos por ano (veja quadro abaixo). O pneumococo também é o principal agente causador de pneumonias em todas as faixas etárias. O número de internações no SUS por essa doença caiu de 950.162, em 2000, para 695.622, em 2008 – redução de 26,8%.
INVESTIMENTO –Para a aquisição das duas vacinas em 2010, o Ministério da Saúde investirá R$ 552 milhões. Desse total, R$ 400 milhões serão destinados para 13 milhões de doses da vacina pneumocócica e R$ 152 milhões para 8 milhões de doses da meningocócica. As doses são suficientes para imunizar 6 milhões de crianças menores de dois anos de idade. O Ministério também vai comprar diretamente 13 milhões de seringas e agulhas, com investimento de R$ 1,4 milhão, para a aplicação da vacina pneumocócica.
Com o investimento, o Ministério alcança a meta do Programa Mais Saúde de introduzir duas novas imunizações no calendário básico, um ano antes da data prevista, 2011.
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA – O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, explica que as vacinas serão adquiridas diretamente de laboratórios nacionais. A pneumocócica será comprada do Laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), graças a um acordo de transferência de tecnologia assinado entre o Ministério e o laboratório inglês Glaxo Smith Kline (GSK) no ano passado.
Já um acordo de transferência de tecnologia firmado também em 2009 entre a Fundação Ezequiel Dias (Funed), o governo de Minas Gerais, e a companhia farmacêutica suíça Novartis permitirá a compra da vacina anti-meningocócica C diretamente da Funed. “Isso demonstra a vontade do SUS de aprimorar as ferramentas de prevenção e tratamento a serviço da população. São vacinas modernas e é muito importante que os laboratórios nacionais dominem essa tecnologia”, avalia o secretário.
Além desses contratos de transferência de tecnologia, nos últimos cinco anos, o Brasil começou a produzir vacina contra a gripe sazonal, contra o rotavírus humano e a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba). Essas três vacinas responderam por 28,6% da produção nacional em 2008.
CALENDÁRIO BÁSICO – Com a introdução das vacinas, o Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério passará a ter 13 tipos de vacinas para proteger contra 19 doenças (veja quadro abaixo). Além disso, a oferta total do PNI, considerando as imunizações especiais, passa a ser de 28 tipos de vacinas (nacionais e importadas). O número é 30% maior que em 2002, quando eram oferecidos 18 tipos. O crescimento deve-se principalmente ao investimento do país para desenvolver novas vacinas e ao aumento da capacidade de produção nos últimos anos.
Para se ter ideia, o investimento brasileiro em pesquisas para o desenvolvimento e aprimoramento de vacinas aumentou mais de 1.216% em cinco anos. Em 2003, o governo federal investiu R$ 1,6 bilhão em estudos na área. Esse número saltou para R$ 21 bilhões em 2008. São recursos do Ministério da Saúde, com contrapartida de órgãos do governo de fomento à pesquisa – como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), UNESCO e fundações estaduais de apoio à pesquisa.
Novo Calendário Básico de Vacinação depois da inclusão da pneumocócica 10-valente e anti-meningococo C
1. BCG (contra tuberculose)
2. Vacina contra hepatite B
3. DTP (contra difteria, tétano e coqueluche)
4. DTP+Hib (contra difteria, tétano e coqueluche e infecções por Haemophilus influenzae tipo B )
5. DT (dupla adulto – contra difteria e tétano)
6. Vacina Hib (infecções por Haemophilus influenzae tipo B)
7. Vacina contra poliomielite
8. Vacina contra rotavírus
9. Vacina contra febre amarela
10. Tríplice viral (contra caxumba, rubéola e sarampo)
11. Vacina contra Influenza (gripe)
12. Vacina Pneumocócica (contra meningites bacterianas, pneumonias, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia)
13. Vacina anti-meningocócica (contra doença meningocócica)
Quadro1
ESQUEMA BÁSICO DE VACINAÇÃO
Pneumocócica 10-valente
Crianças menores de 1 ano.
Esquema Vacinal: Serão ministradas 3 doses + 1 reforço no primeiro ano de vida da criança. Para o ano da implantação, haverá um esquema especial, no qual crianças de 12 meses a 24 meses de idade não vacinadas anteriormente receberão a imunização.
Meningocócica C
Crianças menores de 1 ano.
Esquema Vacinal: Serão ministradas 2 doses + 1 reforço no primeiro ano de vida da criança. Para o ano da implantação, haverá um esquema especial, no qual crianças de 12 meses a 24 meses de idade não vacinadas anteriormente receberão a imunização.
Fonte: SINAN/SVS/MS
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