quarta-feira, 29 de junho de 2011

Depressão, desgaste nas relações interpessoais



A depressão é uma doença que arruína a vida de quem a possui, embora ainda muitos não acreditem que ela exista.
Hoje os sintomas de quem sofre depressão aparentemente, não são mais nenhuma novidade. O rebaixamento do humor com tristeza, a falta de interesse ou foco, choros repetitivos, entre outros, são facilmente identificáveis por qualquer pessoa. Um profissional capacitado tem grande importância neste diagnóstico, pois consegue detectar esta patologia através da observação, onde relaciona um comportamento, pensamento, sentimento como a expressão do indivíduo através dos sintomas da tríade, sentimento moral, inibição global e estreitamento vivencial.
A depressão pode se camuflar muitas vezes, sob um comportamento irritadiço, revoltado, tendencioso a explosões e sempre culpar o outro por frustrações que o indivíduo depressivo possui em dado momento.
Freqüentemente os pensamentos, a concentração e a tomada de decisões são prejudicados nesta situação em que a pessoa se encontra. Muitas vezes a falta ou aumento do sono, também aparecem como característica da depressão. Também a culpa presente, por não achar-se capaz de sanar conflitos de situações passadas.
Em um quadro depressivo, a energia vital está em baixa, o amor próprio e auto-estima, estão muito prejudicados.
O que posso dar ao outro se não dou a mim mesmo?
Segundo Dr. Xavier Amador (escritor do livro Depressão e Relacionamentos Pessoais. Fonte: NAMI’s 2002 Advocate) um casamento em que um dos parceiros está com depressão, tem nove vezes mais propensão de acabar, do que um onde não exista.
A relação intima é mais estressante e conflituosa. E a libido é modificada por causa do estado depressivo. Quanto mais se agrava o quadro, maior o prejuízo na sexualidade. Esta baixa leva o parceiro (a) não sentir-se mais um foco de atração, levando-o à acreditar que não é mais amado.
Ou então a pessoa quando está só, não busca novas possibilidades devido à baixa libido e auto-estima.
Pesquisas indicam a mais de 30 anos que pessoas que sofrem de depressão são menos satisfeitas com seus relacionamentos românticos. Um estudo conjunto de duas pesquisadoras, Lyne Knobloch-Fedders, da Universidade Northwestern, e sua irmã Leanne, da Universidade de Illionois, procura mostrar como a incerteza relacional pode trazer explicações para esses dois problemas associados, a depressão e a insatisfação nos relacionamentos afetivos. “Pessoas que sofrem com os sintomas da depressão acabam tendo mais questionamentos sobre suas relações emocionais, o que pode levar a uma menor satisfação”, dizem as pesquisadoras. “Se encontramos meios de lidar com as incertezas do relacionamento, isso pode aliviar a depressão e, conseqüentemente, deixar a relação mais leve de uma forma geral”, completam. Isso quebraria o círculo vicioso que se instalaria com as incertezas relacionais e proporcionaria uma maior sensação de bem-estar com informações da The Family Institute at Northwestern University
A depressão leva famílias e companheiros há um grande desgaste, pela insistência do estado de humor problemático pelo depressivo. O que os faz sentir frustrados e impotentes na maioria das vezes.
Com tantas dificuldades como esta pessoa pode viver as relações interpessoais de forma saudável?
A qualidade de vida emocional depende exclusivamente da satisfação pessoal, como me relaciono comigo mesmo, me relaciono com o outro.
Para se ter a idéia de felicidade, os sentimentos devem ser aqueles que eu gostaria de sentir no aqui e agora.
Para que tenha qualidade de vida emocional, é preciso que eu viva com satisfação e bem estar.

Se a busca de um profissional capacitado for realizada, a vida poderá se normalizar e com isto todos ganharão. O indivíduo e suas relações interpessoais.

Silvia Ligabue
Psicóloga clinica e Consultora em qualidade de vida no trabalho
Caching em Bem estar
ligabue@grupopsicon.com.br
11 2865-4845/9129-6351

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bullying motivou 87% de ataques em escolas, diz estudo dos EUA

Pesquisa analisou 66 ataques no mundo de 1955 a 2011.
Psiquiatra norte-americano diz que não há perfil para assassino nas escolas.
O psiquiatra americano Timothy Brewerton, que tratou de alguns dos estudantes sobreviventes do massacre de Columbine, que deixou 13 mortos em 1999 nos Estados Unidos, apresentou nesta sexta-feira (15), no Rio, estudo realizado pelo serviço secreto do país cujo resultado apontou que, nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo de 1966 a 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying e foram movidos pelo desejo de vingança.

Trata-se da mesma motivação alegada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. "O bullying pode ser considerado a chave para entender o problema e um enorme fator de risco, mas outras características são importantes, como tendências suicidas, problemas mentais e acessos de ira. Não acredito em um estereótipo ou perfil para um assassino potencial nas escolas."
A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. "Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus-tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, isolamento e indiferença", disse Brewerton.

Segundo ele, 70% dos ataques registrados em escolas no mundo aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que naquele país 160 mil alunos faltam diariamente no colégio por medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
Fonte:G1