domingo, 20 de junho de 2010

Pimenta emagrece

Pesquisa mostra que o condimento pode ser usado no combate à obesidade
Rachel Costa
Quem é fã de comida picante ficará feliz com esta notícia. A capsaicina, substância contida na pimenta, ajuda a emagrecer. A conclusão é de cientistas da Daegu University, na Coreia do Sul. Por enquanto, o efeito foi comprovado em cobaias, mas os resultados são animadores. Durante nove semanas, os animais foram alimentados com uma dieta rica em gordura. Alguns receberam diariamente uma solução de capsaicina diluída (10 mg por kg). Outros, placebo. Entre os que consumiram o composto, houve redução de 8% do peso e mudanças em 20 proteínas que favoreceram a eliminação da gordura. “Isso sugere que a capsaicina pode ser um bom fitoquímico no auxílio ao combate da obesidade”, preveem os pesquisadores.

As funcionalidades da pimenta para o organismo não são novidade. O produto foi usado no passado como conservante por inibir o crescimento de micro-organismos e, recentemente, teve outros efeitos mapeados (leia quadro). A potencialidade emagrecedora do alimento, porém, é novidade. A promessa de quilos a menos está relacionada à característica termogênica da pimenta: ela aumenta o metabolismo, fazendo com que o corpo gaste mais energia na digestão.

Quanto mais picante a pimenta, maiores os teores de capsaicina e os efeitos benéficos para o organismo. Todavia nem toda pimenta tem a substância – a pimenta-do-reino, por exemplo, não a possui – nem todos devem consumir o alimento. “Indivíduos com doenças intestinais devem evitar”, alerta a nutricionista Márcia Keller Alves, especialista em biologia molecular e autora de pesquisas sobre a ação do tempero sobre o organismo.
Fonte:Isto é

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Epidemia de gripe eleva custo dos planos de saúde

Cada internação com assistência respiratória integral 24 horas custa entre R$ 10 mil e R$ 12 mil por dia

Operadoras de planos de saúde começam a calcular o impacto financeiro da chamada gripe suína, que, segundo o Ministério da Saúde, já provocou 8.328 casos suspeitos no país, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste. A grande preocupação das empresas é com as despesas causadas pelo crescimento dos atendimentos, já que hospitais do Rio e de São Paulo registram alta de até 50% na demanda por atendimento emergencial.

No Copa D'Or do Rio, o maior hospital da rede privada carioca, o número de atendimentos a crianças este mês aumentou 68% em relação a julho do ano passado. Do público total, 95% são clientes de planos de saúde. Nos consultórios médicos, segundo a Unimed-Rio, o crescimento é de 20%. Em São Paulo, os hospitais privados registram alta de até 30% nos prontos-socorros em relação ao inverno de 2008. No grupo Amil, há atualmente 15 clientes internados com sintomas da gripe, dos quais oito em UTI. "Cada internação com assistência respiratória integral 24 horas custa entre R$ 10 mil e R$ 12 mil por dia. E a expectativa epidemiológica é que o volume de internação cresça até setembro", explica Antonio Jorge Kropf, diretor do grupo, com mais de 2,5 milhões de associados em planos médicos individuais e coletivos.

Os planos preveem repassar esses custos ao consumidor. "No ano que vem, ao negociar com a Agência Nacional de Saúde Suplementar o reajuste, vamos mostrar as planilhas e pediremos um repasse maior. Já ocorreu com a dengue e deve ocorrer com a gripe suína", diz Eduardo Assis, da Unimed-Rio. "Isto é uma consequência natural do processo", completa Jorge Antônio Kropf, da Amil. Mas a negociação não deve ser fácil. "Acho difícil conseguir repassar esse aumento nos planos individuais, que são controlados pela ANS", diz Arlindo Almeida, presidente da Abramge, entidade que reúne as empresas de medicina de grupo. Nos planos coletivos, o reajuste é negociado livremente entre as partes.

Seguradoras da área patrimonial também podem ser afetadas pela gripe. Marcelo Elias, diretor da consultoria Marsh, lembra a existência da cláusula de lucros cessantes no seguro patrimonial. "Um exemplo simples é o de uma indústria que tenha metade dos funcionários de uma determinada linha de produção afastada pela doença. O empresário vai exigir a cobertura".


Paola de Moura e Beth Koike, para o Valor, do Rio, e de São Paulo

Fonte: Valor Economico